quinta-feira, 6 de outubro de 2011

INFINITIVO FINAL

O INFINITIVO LATINO após verbos de movimento é empregado com valor final em lugar do supino em -tum. Este emprego tem raízes muito antigas, pois a ideia de fim está associada à sua primitiva forma, já que comumente é admitida a interpretação de que se trata de um prístino locativo - amare - e de um dativo - amari. Bennet, em sua Syntax of Early Latin, ensina que a ideia de direção e de fim passou do dativo para o locativo. É, pois, digna de nota durante toda a antiguidade a ocorrência do infinitivo final, muito comum em Plauto, Terêncio, Horácio, assim como na Vetus, com verbos como eo, abeo, exeo, curro, mitto, venio, proficiscor, etc.:

"Eximus intus ludos visere" (Plauto, Casin., 855 e seg.).

"Omne cum Proteus pecus egit altos visere montes" (Horácio, Odes, I,2,7 e 8).

"Ascendit in montem solus orare" (Vetus - Mat., 14, 23).

Paulo Barbosa

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