domingo, 1 de abril de 2012

LETRAS RAMISTAS


e o não eram conhecidos dos romanos e somente foram introduzidos no alfabeto no século XVI pelo humanista Petrus Ramus, originando daí o nome de 'letras ramistas'. O símbolo era usado tanto como consoante quanto como vogal, ou seja, representava o e o i. O gramático Nigídio Fígulo, segundo Aulo Gélio, diz que o e o iniciais não devem ser considerados vogais:

"Si quis putat praeire in verbis ValeriusVerroniusVolusius, aut in his: iampridemiecuriocusiucundum, errabit, quod hae litterae, cum praeunt, ne vocales sunt" (Noites Áticas, XIX, 14,6).

"Se alguém pensa que o que vai na frente nestas palavras: ValeriusVerroniusVolusius, ou o nestas: iampridem (desde há muito), iecur (fígado), iocus (gracejo), iucundum (agradável), errará, porque essas letras, quando vão adiante, não são vogais".

Entre os poetas, o seguido de vogal tornava-se, muitas vezes, consoante. Assim: abietis,ariete, etc.

u, como já dissemos, era usado para consoante e vogal. Não era considerada vogal em início de palavra, conforme Nigídio, mas no meio, ora tinha valor consonantal, ora vocálico.

Paulo Barbosa

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