sexta-feira, 1 de junho de 2012

UM EPITÁFIO DOS CIPIÕES

Os romanos, analogamente aos gregos, costumavam gravar nos túmulos dos homens ilustres as chamadas Inscrições Funerárias. No ano de 1780, foram descobertos os epitáfios dos túmulos dos Cipiões, sobrenome romano dos descendente da gens Cornelia. Tais epitáfios são em número de cinco e em latim arcaico: quatro escritos em versos saturninos e um em dísticos elegíacos. O primeiro destes, em saturnino, data de 272 a.C. Ei-lo:


CORNELIVS LVCIVS SCIPIO BARBATVS

GNAIVOD PATRE PROGNATVS FORTI VIR SAPIENSQVE

QVOIVS FORMA VIRTVTEI PARISVMA FVIT

CONSOL CENSOR AIDILIS QVEI FVIT APVD NOS

TAVRASIA CISAVNA SAMNIO CEPIT

SVBIGIT OMNE LOVCANAM OPSIDESQVE ABDOVSIT


Ou seja:


CORNELIUS LUCIUS SCIPIO BARBATUS, GNAEO PATRE PROGNATUS FORTIS

VIR SAPIENSQUE, CUIUS FORMA PARISSIMA FUIT, CONSUL, CENSOR, AEDILIS

QUI FUIT APUD VOS, TAURASIAM, CISAUNAM, SAMNIUM CEPIT, SUBIGIT

OMNEM LUCANAM OBSIDESQUE ABDUCIT


Que se traduz mais ou menos assim:


CORNÉLIO LÚCIO CIPIÃO BARBADO,

 NASCIDO DE UM PAI VALENTE, HOMEM FORTE E SÁBIO,

CUJA BELEZA FOI IGUALADA À VIRTUDE.

FOI ENTRE NÓS CÔNSUL, CENSOR E EDIL.

TOMOU A TAURÁSIA E A CISANA, EM SÂMNIO.

SUBMETEU TODA A LUCÂNIA E TROUXE REFÉNS.

 
Paulo Barbosa


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