Genitivo objetivo é o mesmo que passivo. É denominado objetivo por ser o alvo, a meta ou o fim para onde se dirige a ação expressa pelo nome. E passivo, pelo mesmo motivo de sofrer ou receber a ação manifestada pelo nome.
Exemplo deste tipo é:
Amor DEI = amor de Deus
Dei está no caso genitivo e aqui é objetivo (o alvo do amor) ou passivo (recebedor do amor). Ou seja, neste caso é o amor que os homens têm para com Deus, sendo, portanto, Deus - que está no genitivo Dei - o alvo do amor dos homens.
Genitivo subjetivo, também denominado ativo, é aquele que age, que atua, que exerce a ação expressa pelo nome.
Assim, a mesma expressão:
Amor DEI = amor de Deus
pode o genitivo Dei ser subjetivo (exercer a ação como sujeito) ou ativo, significando o amor que Deus tem pelos homens. Aqui, Deus é o sujeito ou o agente do amor.
Esta questão genitiva latina reflete na língua portuguesa e quem a sabe bem, consegue resolver problemas que a primeira vista podem parecer dificultosos. Por exemplo, certa vez em discussão com um professor paulista, Orlando Fedeli, ele, por desconhecer esta questão, afirmou que "Cristo ama a todos os homens e nem por isso todos os homens estão unidos na mesma fé. Logo, a expressão na Missa: "O amor de Cristo nos uniu", não é correta". Esta afirmativa está errada, pois nesta frase o genitivo Christi, de Cristo, é objetivo, é passivo, significando o amor que os homens têm por Cristo, e este amor, sim, une os homens.
Paulo Barbosa
Ola, poderia mandar mais sobre esse assunto. Desde já, Obrigada.
ResponderExcluirOk. Em breve mandarei.
Excluir"O PRIMOGÊNITO DE TODA CRIAÇÃO" POR EXEMPLO É GENITIVO OBJETIVO! (COL 1.15-16,)
ResponderExcluirCalma, só o genitivo têm mais de trinta formas para interpretá-lo. Fora o : nominativo, vocativo, acusativo, genitivo e o dativo.
ExcluirOlá, estou há quatro anos estudando grego, não sei quando terminará, mas sobre tudo eu gosto e estiu justamente estudando o assunto em questão .
ResponderExcluirMuito boa a tua explicação, meus parabéns .
Me parece que, a fim de eliminar esta ambiguidade, os falantes da língua Portuguesa adotaram a preposição "a", que sempre deixa evidente tratar-se do genitivo passivo ("amor A Deus").
ResponderExcluirCom toda humildade, ficou claro e não ficou. Esta questão do genitivo surge no latim, não sei se por influência de outra língua, em decorrência da falta de um índice subordinativo [preposição]?
ResponderExcluirNão conheço a problemática. Mas no português algo semelhante ocorre, por exemplo, na expressão "Caim matou Abel", onde a ação pode ser atribuída a qualquer deles, resolvendo-se o problema no plano do saber elocutivo, ou preposicionando o objeto direto.
Por sua vez, por a expressão portuguesa ser construída com preposição, ainda assim, em "amor de Deus, Deus poderia funcionar tanto como objeto quanto como sujeito?