O LATIM é uma língua itálica pertencente a família línguística do Indo-europeu, falada na Roma Antiga e depois nas Idades Média e Moderna, chegando mesmo à Contemporânea como língua científica até o século XIX. Sua história começa no século VIII a.C. chegando até a Idade Média como língua literária usada pelos eruditos. Costuma ser dividido nos seguintes períodos:
LATIM ARCAICO, desde sua formação no século VIII a.C. até a helenização de Roma, no século II a.C. Os autores mais salientes deste período foram: Ápio Cláudio, Lívio Andrônico, Ênio, Plauto e Terêncio.
LATIM CLÁSSICO, é o latim literário, padronizado, estilizado, criado pela elite cultural romana a partir do latim coloquial, o latim do dia a dia. Este período vai do século I a.C. ao século I d.C., período este chamado de Idade de Ouro das letras latinas cujos autores mais destacados foram: Cícero, Júlio César, Tito Lívio, Virgílio, Horácio, Catulo e Ovídio.
LATIM PÓS-CLÁSSICO, é a língua falada que vai se afastando progressivamente da língua padronizada, do latim clássico, conservado na escola e na literatura. É deste distanciamento crescente que nascerão, mais tarde, as línguas românicas - o português, o espanhol, o italiano, o francês, o romeno. Este latim é confundido com o latim imperial e decadente indo do século II ao III d.C., e os principais autores deste período foram: Fedro, Sêneca, Plínio o Velho, Petrônio, Pérsio, Quintiliano, Lucano, Marcial, Estácio, Tácito, Plínio o Jovem, Suetônio, Juvenal, Aulo Gélio e Apuleio.
LATIM TARDIO, é o usado pelos Padres da Igreja - teólogos e mestres cristãos que formularam a Doutrina Cristã do século II ao século VII. Estes começaram a escrever num latim mais polido, literário, abandonando, assim, o latim vulgar usado pelos primeiros cristãos. Os mais expressivos foram: Tertuliano, São Jerônimo e Santo Agostinho.
LATIM MEDIEVAL, é o usado no período da Idade Média, do século V ao século XV d.C. Este latim abrange o latim cartorial, parte do latim científico, ao latim eclesiástico e ao escolástico.
LATIM RENASCENTISTA, é a língua usada no Renascimento, de fins do século XV a meados do XVI. Os humanistas deste período voltaram-se para a Antiguidade Clássica e, por isso, a língua latina volta à tona na sua padronização clássica, estilizada. Os autores mais destacados foram: Petrarca, Erasmo de Roterdã, Luis Vives, Antônio de Nebrija e muitos outros, incluindo mesmo Martinho Lutero, promotor da Reforma Protestante.
LATIM CIENTÍFICO, é a língua que sobreviveu em escritores cientistas até o século XVIII, tais como René Descartes, Isaac Newton, Baruch Spinoza, Leibniz e Kant, que escreveram algumas de suas obras na língua do Lácio.
Paulo Barbosa
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