A existência humana é composta por três vidas diversas, a vida dos sentidos que a luz dos olhos nos coloca em posse; a vida racional que acessamos através da luz da razão e a vida da fé que nos é acessível através da graça divina. A esta totalização de vidas é o que se denomina realidade.
Devido a esta tríplice vida humana, os homens se dividem em relação à concepção da realidade em três grandes segmentos, a saber:
1. Há os que apreciam apenas a realidade dos sentidos: realismo sensualista.
2. Há os que ficam satisfeitos com a realidade dos sentidos e da razão: realismo experimental.
3. Há os que pedem a realidade dos sentidos, da razão e da fé: realismo integral.
O REALISMO SENSUALISTA é o segmento que mais adeptos possui em nossos dias com a imensa coorte dos sensualistas que o capitalismo ateu contemporâneo criou e espalhou por toda a face da terra. Tristão de Athayde ao falar deste realismo discorre assim sobre suas causas: "Perdido todo contato com Deus, abandonada toda preocupação sincera de reforma social, seccionados todos os laços com a tradição, dá-se entre esses sibaritas de uma civilização agonizante um movimento instintivo e voluntário ao mesmo tempo, no sentido de arrancarem à realidade, às coisas concretas e tangíveis, o máximo que elas possam dar."
O REALISMO EXPERIMENTALISTA é uma consequência da realeza do Homem sobre o universo seguido pelos homens que invocam a realidade como guia de ação, homens estes partidários do realismo sistemático e experimental, filiados ao materialismo científico, ao materialismo revolucionário e ao positivismo herdado do século XIX. Tristão de Athayde desta classe disse: "São todos fieis de Haeckel, de Marx ou de Comte, e que, hoje em dia, juram por Freud, por Lenin ou pelo sociologismo humanitário derivado do evolucionismo de Spencer e do agnosticismo de Kant, que invadiu todas as universidades leigas e anima os movimentos de humanitarismo burguês, como o rotarismo, o internacionalismo da ONU ou o nosso panamericanismo continental."
O REALISMO INTEGRAL é o que considera a realidade natural como sendo uma face apenas da realidade total, reconhecendo o sobrenatural como sua parte, reintegrando Deus como explicação total do Universo.
Paulo Barbosa
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