O J e o V não eram conhecidos dos romanos e somente foram introduzidos no alfabeto no século XVI pelo humanista Petrus Ramus, originando daí o nome de 'letras ramistas'. O símbolo I era usado tanto como consoante quanto como vogal, ou seja, representava o j e o i. O gramático Nigídio Fígulo, segundo Aulo Gélio, diz que o j e o v iniciais não devem ser considerados vogais:
"Si quis putat praeire u in verbis Valerius, Verronius, Volusius, aut i in his: iampridem, iecur, iocus, iucundum, errabit, quod hae litterae, cum praeunt, ne vocales sunt" (Noites Áticas, XIX, 14,6).
"Se alguém pensa que o u que vai na frente nestas palavras: Valerius, Verronius, Volusius, ou o i nestas: iampridem (desde há muito), iecur (fígado), iocus (gracejo), iucundum (agradável), errará, porque essas letras, quando vão adiante, não são vogais".
Entre os poetas, o i seguido de vogal tornava-se, muitas vezes, consoante. Assim: abietis,ariete, etc.
O u, como já dissemos, era usado para consoante e vogal. Não era considerada vogal em início de palavra, conforme Nigídio, mas no meio, ora tinha valor consonantal, ora vocálico.
Otimo esclarecimento! Grata
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