Os estudiosos do latim sabem que a desinência geral do nominativo singular é o -S, exceto nos nomes de tema em -a, -s, r-, -l, -n, como são rosa, mos, pater, consul e virgo, o primeiro da primeira declinação e os demais da terceira. Tirando estes, todos os demais fazem o nominativo em sibiliante: dominuS (2ª decl.), aviS (3ª decl.), manuS (4ª decl.) e dieS (5ª decl.), nominativo este denominado sigmático.
Pois bem, Bopp ensina ser este -S desinencial do nominativo singular o sufixo *-SA- do indo-europeu, que possuía o valor semântico de representar o ser que constituía o sujeito da proposição, isto é, o nominativo. Este sufixo é o antônimo do sufixo *-MA- , cuja função era indicar o ser que, no ato da enunciação, achava-se afastado e representava o produto da ação verbal, ou seja, o objeto direto. É desta forma *-MA- que proveio a desinência -M do acusativo singular.
Paulo Barbosa
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