O GENITIVO pode ser usado com os seguintes verbos: esse, fieri, videri, putari (est, fit, videtur, putatur), para indicar a pessoa ou o objeto a que alguma coisa pertence. Assim, temos:
1. O genitivo possessivo: Hic liber est fratris mei = este livro é do meu irmão
2. O genitivo de conveniência, ou seja, que indica dever, múnus, distintivo, privilégio, virtude, qualidade, vício: Est boni consulis providere quid futurum sit = é dever do bom cônsul providenciar o futuro
Os verbos que significam 'recordar-se e esquecer-se' (memini, reminiscor, recordor; obliviscor) e os que significam 'recordar alguma coisa a alguém' (admoneo, commoneo, commonefacio), também são construídos com genitivo:
Vivorum memini = lembrei-me dos vivos
Flagitiorum suorum recordabitur = recordar-se-á de seus atos vergonhosos
Verus amicus amici nunquam obliviscitur = o verdadeiro amigo nunca se esquecerá do amigo
Oblitus sum mei = esqueci-me de mim
Veteris te amicitiae commonefacio = lembro-te da velha amizade
Os verbos judiciais, ou seja, os que significam 'acusar, condenar', pedem também o complemento de culpa no genitivo. Tais são: "accusare, insimulare, arguere, condemnare", assim como "postulare, reum facere (chamar a juízo, processar); coarguere, convincere (convencer da culpa)".
Accusare repetundarum = acusar de concussão, de roubo do dinheiro público
Accusare majestatis = acusar de lesa majestade
Insimulare Mariam avaritiae = acusar Maria de avareza
Paulo Barbosa
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