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Deste colégio conservou-se o texto de um Hino Arval - Carmen Arvale, um dos fragmentos mais antigos da literatura latina, composto entre os séculos V ou IV a.C., de difícil compreensão, onde há invocação dos Lares e de Marte. - Os Lares eram os numina, ou seja, os espíritos cultuados nas encruzilhadas (Lares Compitales) ou incumbidos de proteger as casas e seus moradores (Lares Familiares) e Marte era, na antiga religião romana, o espírito da vegetação, o deus da agricultura, a quem os lavradores dirigiam os ritos de purificação dos campos na Ambarvalia. - Após ter sido extinto, foi restabelecido tal culto por ordem do Imperador Augusto.
O ritual arval era realizado a 8 km de Roma, num bosque existente ao logo da Via Campania, onde invocavam também a Dea Dia, uma deusa da terra e, em ocasiões solenes, ofereciam sacrifícios em favor da casa imperial.
A tradução do carme é a seguinte:
Ajudai-nos, Lares! Marmar, não deixeis a praga ou a ruína atacar o povo! Fica inteiramente satisfeito, feroz Marte, Salta a Soleira! Bate o chão, ó bravo! Por graça, visita a todos os deuses da semeadura! Ajudai-nos, Marmor! Triunfo! Triunfo! Triunfo! Triunfo! Triunfo!
Paulo Barbosa
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