AS ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS LATINAS 1) completivas nominais e 2) apositivas são aquelas que:
1. completam o sentido de um nome que pertence à oração principal. - Em português esta espécie oracional vem introduzida por um conectivo preposicional o que, muitas vezes, a faz ser confundida com a oração objetiva indireta, que também necessita de preposição.
2. exerce a função de aposto, ou seja, de um termo que se junta a um substantivo da oração principal para explicá-lo ou esclarecê-lo.
Vejamos alguns exemplos de ambas:
COMPLETIVAS NOMINAIS:
a) Perterriti TIMORE ne supplicio adficerentur = aterrados PELO TEMOR de que fossem condenados ao suplício.
A subordinada ne supplicio adficerentur completa o sentido do substantivo timore, portanto, é uma substantiva completiva nominal.
b) Neque abest SUSPICIO quin ipse sibi mortem consciverit = nem está afasta a SUSPEITA de que ele próprio tenha se suicidado.
A subordinada quin ipse sibi mortem consciverit completa o sentido do substantivo suspicio, ou seja, é uma subordinada substantiva completiva nominal.
c) Scio quae tibi causa fuerit IMPEDIMENTO quo minus praecurrere adventum meum posses = sei que motivo te fora IMPEDIMENTO de poderes antecipar minha chegada.
A subordinada quo minus praecurrere adventum meum posses completa o sentido do substantivo impedimento, o que a faz ser classificada como oração subordinada substantiva completiva nominal.
APOSITIVAS:
a) Te oratum advenio ID, ut ignoscas mihi = venho para te pedir isto: que me perdoes.
A subordinada ut ignoscas mihi explica o sentido do pronome id da principal, ou seja, funciona como aposto da oração principal.
b) Nescit ID, qui sit, utrum sit an non sit = ignora isto: quem é, se vive ou se não vive.
A subordinada qui sit, utrum sit an non sit, que é uma interrogativa indireta dupla, explica o sentido do pronome id, sendo, portanto, uma subordinada apositiva.
c) Sed eos moneo HOC, desinant furere = mas àqueles advirto isto: que deixem de se enfurecer.
A subordinada desinant furere explica o pronome hoc, o que a faz ser uma oração subordinada substantiva apositiva.
Em português a oração subordinada substantiva apositiva vem, geralmente, separada da principal, na maioria das vezes, por dois pontos ou também pela vírgula. Em latim, entretanto, a vírgula é a de praxe.
Paulo Barbosa
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