No seio de uma frase ou oração as palavras podem unir-se uma às outras constituindo, assim, núcelos bem distintos, denominados GRUPOS DE PALAVRAS.
Os vocábulos de um mesmo grupo de palavras pode estar simplesmente justapostos ou subordinados, sendo, no primeiro caso, grupo coordenante ou adicional, e no segundo, grupo subordinante.
A palavra, assim que se junta a outra ou a outras, passando a fazer parte do grupo, fica isenta às leis da linguagem, pois perde algo de sua individualidade em prol do novo todo em que se integra. Esta reunião de vocábulos, ou seja, o grupo de palavras, apresenta-se como um todo compacto, de difícil desagregação e resistente de maneira tenaz às inovações sobrevindas à língua.
Tais grupos de palavras, que nada são mais que verdadeiras expressões petrificadas muito de acordo com a tendência conservadora do povo romano, são frequentes nas expressões da língua religiosa, nas formas estereotipadas dos ditos, das sentenças, das máximas e dos provérbios, nas fórmulas de juramentos e maldições, na linguagem juridica, assim como nas formas da linguagem expressiva.
Vejamos alguns exemplos dos dois tipos:
1. GRUPOS DE PALAVRAS JUSTAPOSTAS OU COORDENANTES (ADICIONAIS)
Domi militiaeque = na paz e na guerra
Filiis filiabusque = aos filhos e às filhas
Ferro ignique = a ferro e fogo
Terra marique = na terra e no mar
2. GRUPOS SUBORDINANTES
Sponte sua = por sua própria vontade
Certiorem facere = informar
Ducere uxorem = casar-se
Dare operam = esforçar-se, exercitar-se
Agere gratias = agradecer
Iter facere = marchar
Aequo animo = de boa mente
Paulo Barbosa
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