VERGILIUS e não Virgilius, segundo Teuffel em sua Histoire de la Littérature Romaine, II, pág., 23, é o nome que se encontra nas inscrições do tempo da República e dos primeiros séculos da era cristã. O mesmo ocorre nos mais antigos manuscritos, como o Mediceus. Os gregos também, quase que exclusivamente, escrevem Bergílios ou Ouergílios. O primeiro exemplo de Virgilius de data certa é do século V da era cristã, e a partir mais ou menos do século IX para cá, em plena Idade Média, portanto, começou a adotar-se a ortografia Virgilius, baseada principalmente em etimologias imaginárias, como Virgo ou Virga, palavras que se grafavam antigamente Vergo e Verga. Nos séculos XIV e XV, novamente, vemos o triunfo do Virgílio sobre Vergílio. Foi Ângelo Policiano, erudito humanista italiano, quem provou ser a ortografia Virgilius incorreta. Entretanto, esta - Virgilius - foi defendida por G. Schultz em sua obra Ortographicarum quaestionum decas, Paderborn, 1855. Outros grandes filólogos, porém, defendem a grafia com e, como Hubner, Hagen, Creizenach, Ritschl.
Paulo Barbosa
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