Mestre castigando discípulo com a virga |
A disciplina nas escolas romanas era severa, tanto nas primárias quanto nas secundárias. O instrumento regular da punição corporal era geralmente a palmatória ou vara, em latim ferula ou virga, que era aplicada em geral nas mãos. Um outro castigo mais severo era com açoite, em latim scutica, como aparece em um fresco de Herculano, antiga cidade romana na região da Campânia soterrada pelas cinzas do Vesúvio em 24 de agosto de 79.
É universalmente - não tanto assim, mas universalmente para os doutos - conhecido o professor Orbílio, de Horácio, poeta lírico e satírico romano, denominado "Orbilius plagosus" (Orbílio que dá bordoadas) e a seu respeito disse Suetônio, no seu De Grammatica, "Si quos Orbilius ferula scuticaque cecidit, Se Orbílio caiu sobre alguns com a palmatória e o açoite"...
Quintiliano, nas suas Institutiones Oratoriae, condenou com veemência tal processo de correção, diriam os modernosos, tal pelourinho pedagógico, como degradante e inútil, tecendo considerações de ordem moral e psicológica, como qualquer moderno pedagogo que reprova a penologia escolar. Para substituir os castigos corporais, preconizou a admoestação, o conselho pesuasivo, a vigilância do mestre que, se impondo aos alunos por um misto de bondade e energia, não precisaria usar da violência e do temor servil.
OS PRÊMIOS...
A concessão de prêmios, no entanto, era também praticada pelos romanos. Segundo o testemunho de Suetônio, Valerius Flaccus instituiu competições nas quais o vencedor, victor, recebia um prêmio.
Quando a criança conseguia aprender todo o alfabeto, geralmente era recompensada com um jogo de letras de marfim, se seus pais tivessem posses, e caso contrário, recebiam doces, pastéis ou qualquer outro presente de menor importância.
Paulo Barbosa
Nenhum comentário:
Postar um comentário