Teatro Romano |
GÊNERO TEATRAL é o conjunto das composições literárias destinadas à representação ficticia num lugar chamado TEATRO. Também é conhecido por GÊNERO DRAMÁTICO, do grego drama = ação.
O drama é um diálogo prático que reproduz uma ação, onde se encontra como componentes 1. atores ou personagens simulados; 2. um tablado artificial ao lugar onde o ato que o drama mostra foi praticado; 3. o uso da língua vulgar; e 4. o uso do verso em vez da prosa.
O genero teatral ou dramático abrange a tragédia e a comédia, e o fim que visam é o mesmo, a saber, a melhora dos costumes sociais.
A TRAGÉDIA é séria, procurando comover e inspirando terror e compaixão. Nela, os grandes feitos da virtude ou do crime são respresentados. Já a COMÉDIA salienta o lado ridículo dos efeitos, das paixões comuns, provocando o riso e a condenação do bom senso.
VERSO OU PROSA?
Na verdade, boas comédias existem em prosa, como o Avarento e o Burguês Gentilhomem de Moliere, porém, a maior parte, sobretudo na alta comédia e na comédia de caracteres, está produzida em verso. Quanto à tragédia, o uso e a própria natureza da obra requerem que seja em verso. Desde Ésquilo até nossos dias, a tragédia foi escrita sempre em verso e, podemos afirmar, infelizes foram os que quiseram usar a prosa neste gênero.
A VERDADE HISTÓRICA NA TRAGÉDIA
Os autores dos séculos XVII e XVIII pouco se importavam com a verdade histórica na tragédia. Foram os românticos, com Goethe e Shiller à frente, que iniciaram neste ponto uma completa reforma, incentivando a máxima fidelidade no tocante às paisagens, aos usos, aos trajes, aos costumes, e manifestando que se deveria, até mesmo, visitar os lugares em que a ação reproduzida no palco se desenvolveu. Entretanto, mesmo assim, é grande a liberdade deixada aos autores, bastando que respeitem a verossimilhança.
ATOS E CENAS: QUANTOS?
´Horácio fixou o limite máximo em cinco atos, isto é, em cinco partes, e esta regra não deve ser infrigida, pois a atenção do espectador não se sustenta num prazo maior. Muitos dramaturgos, porém, contentaram-se muitas vezes com três ou quatro atos, e são até frequentes as comédias de um só ato.
Quanto às cenas, não há número determinado e nem extensão, mas é necessário que estejam bem concatenadas, que o palco nunca fique sem ator e que ninguém entre ou saia sem que a plateia compreenda o motivo.
EVOLUÇÃO DA TRAGÉDIA
Três gênios contemporâneos levaram ao apogeu o gênero teatral na Grécia: Ésquilo (525-456 a.C.); Sófocles (495-406 a.C.) e Eurípides (480-406 a.C.). O primeiro é mais lírico; o segundo acentua a responsabilidade do homem, e o terceiro diminui o papel do Destino, do Fatum.
A tragédia grega é caracterizada pelos coros, parte essencial, e pelo lirismo muito abundante ou preponderante. É uma tragédia eminentemente religiosa.
Na tragédia clássica, os coros desapareceram, assim como o caráter sacro, hierático, misterioso, e o final sempre é feliz.
VARIEDADES DA COMÉDIA
A comédia distingue-se em: 1. comédia de costumes; 2. comédia de caráter; 3. comédia séria ou tragicomédia.
Comédia de costumes é aquela que expõe, particularmente, algum defeito, vício ou mania da sociedade em determinada época.
Comédia de caráter é a que salienta algum defeito, vício ou mania de algum indivíduo.
Comédia séria é a que mescla elementos da tragédia e da comédia, sempre com final feliz.
Além destas, há ainda os tipos: alta comédia, baixa comédia, comédia burguesa e comédia de enredo.
Alta comédia é a que pinta os defeitos, vícios ou manias de personagens importantes, intelectuais, da alta sociedade.
Baixa comédia é a que retrata os defeitos, vícios ou manias da pebe, do povo.
Comédia burguesa é a que põe à mostra o lado ridículo da sociedade burguesa, de condição mediana.
Comédia de enredo é a que complica as situações de modo mais engraçado, imprevisto e emaranhando para, no fim, resolver muito bem o caso.
Paulo Barbosa
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