João mandou-te conduzir a palestra.
Alguns autores afirmam que nas orações substantivas o sujeito em acusativo - mandou-te - é, na realidade, um objeto direto da oração principal. Tal assertiva, entretanto, não procede.
O pronome pessoal oblíquo "te", na oração em apreço, não constitui objeto direto de "mandou", mas sim, constitui sujeito de "conduzir". O objeto direto de "mandou" é toda a oração que, por isso mesmo, se denomina oração subordinada substantiva objetiva direta: -te conduzir a palestra:
João mandou - oração principal
-te conduzir a palestra - oração subordinada substantiva objetiva direta.
A prova está em que se se transformar a oração subordinada objetiva em voz passiva o "te" passará a ser o agente da passiva, o que evidencia se tratar de um sujeito de "construir" e jamais um objeto de "mandar":
João mandou / ser a palestra conduzida por ti.
Em latim se passa o mesmo:
Johannes jussit / te ducere colloquium.
Johannes jussit / colloquium duci a te.
Paulo Barbosa
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