quarta-feira, 23 de junho de 2021

ALMA, CONCEPÇÕES NA ANTIGUIDADE

 A ALMA na Antiguidade, ou melhor expressando, na Filosofia Antiga, era definida basicamente de 3 maneiras diversas, existindo, pois, três concepções que perduraram na História das ideias filosóficas.

1. Concepção Mecanicista. Segundo tal concepção a vida e o desenvolvimento dos seres vivos não necessitam de uma alma, pois, o ser vivo não passa de um composto apenas de elementos materiais - materialismo - que se movimentam e interagem por relações de causalidades necessárias, automáticas e previsíveis.. Empédocles (492-432 a.C.), filósofo, poeta e médico da Sicília, advogava este conceito mecanicista de vida, explicando, por exemplo, que nas plantas suas raízes descem pelo elemento terra que tende para baixo, e a planta cresceria através do elemento fogo que tende para cima. 

2. Concepção Dualista. É a elaborada por Platão (427-347 a.C.), onde a alma é espiritual, porém um mero motor externo que concede vida ao corpo. A alma e o corpo são duas unidades autônomas, cada qual uma substância individual, tais como o motorista e o automóvel. Segundo a mesma teoria, a alma preexiste num mundo das Ideias, vindo habitar - encarcerar-se - num corpo no mundo terreno.

3. Concepção Animista. É a defendida e ensinada por Aristóteles (384-322 a.C.), em que a alma é a forma do corpo nos seres que possuem vida, é aquilo por meio do qual o corpo se move, vive e pensa. 

Paulo Barbosa

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