O DISCURSO LÓGICO, que visa a veracidade, a certeza, é aquele que possui uma estrutura silogística, ou seja, usa de argumentação, de uma série de razões aportadas para provar uma questão. Nesse discurso pode ser usado dois tipos de processos racionais básicos:
1. a dedução - processo racional através do qual de premissas universais se extrai conclusões particulares ou novos princípios, havendo, portanto, passagem do geral para o particular. Exemplo:
Todo homem é mortal.
Aníbal é homem.
Logo, Aníbal é mortal.
2. a indução - processo racional que a partir de fatos particulares se extrai princípios universais, havendo, então, passagem do sensível para o inteligível.
A indução, por sua vez, é dividida em:
a) indução essencial - quando a descoberta é produto da inteligência auxiliada pela experiência. Nesse caso, há uma conexão necessária e universal entre um sujeito e um predicado, pois há uma captação, uma intuição imediata através da simples obervação de princípios universais. Exemplo:
O todo é maior que as partes.
b) indução empírica - quando através da repetição de um fato na natureza se extrai uma generalização. Aqui não há evidência da conexão necessária entre o sujeito e a propriedade. Caso a enumeração do fato seja completa, a certeza é absoluta, porém, se incompleta, há somente possibilidade que a generalização seja verdadeira. Exemplo:
Este colibri voa, aquele também, o outro também, logo, todos os colibris voam.
O discurso lógico, também denominado analítico, é o instrumento humano que tem por objetivo manifestar uma verdade, apresentar certeza científica, partindo de premissas ou de fatos e procurando explicá-los e compreendê-los para ter força demonstrativa do porquê são verdadeiros e não falsos. Com esse processo discursivo se produz conclusão que deve ser admitida como verdadeira.
Paulo Barbosa
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