O CUM é uma conjunção latina. Possuindo sentido puramente temporal pede o verbo no modo indicativo:
CUM CAESAR IN GALLIAM VENIT, IBI DUAE FACTIONES ERANT
QUANDO CÉSAR CHEGOU À GÁLIA, HAVIA LÁ DOIS PARTIDOS
Quando, porém, além do sentido temporal é acrescido um matiz causal, o CUM pede o verbo no modo subjuntivo. Se a ação da oração subordinada é contemporânea à da oração principal, usa-se o imperfeito; se anterior, o mais-que-perfeito:
C. MARIUS, CUM OMNES PORTUS TERRASQUE FUGERET, IN AFRICAM PERVENIT
CAIO MÁRIO, COMO FUGISSE DE TODOS OS PORTOS E TERRAS, CHEGOU À ÁFRICA
DIU CUM ESSET PUGNATUM, CASTRIS NOSTRI POTITI SUNT
COMO TIVESSE LUTADO MUITO TEMPO, OS NOSSOS SE APODERARAM DO ACAMPAMENTO
É denominado CUM INVERSUM quando expressa um acontecimento súbito de uma ação e inverso é devido a oração subordinada regida pela conjunção exprimir o fato mais importante. A oração principal geralmente traz um desses advérbios: jam (já); vix, vixdum (ainda não); tantum quod (apenas); commodum (exatamente):
VIXDUM EPISTOLAM TUAM LEGERAM, CUM AD ME CURTIUS VENIT
AINDA NÃO LERA A TUA CARTA, QUANDO CÚRCIO VEIO ESTAR COMIGO
CUM IDENTICUM é quando indica que duas ações se equivalem e posta uma a outra necessariamente se segue. O verbo da oração subordinada vai para o mesmo tempo do indicativo que o verbo da principal:
CUM TACENT, CLAMANT
QUANDO SILENCIAM, CLAMAM
Paulo Barbosa.
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