sexta-feira, 3 de junho de 2011

A CONJUNÇÃO 'CUM' E SEUS VARIADOS MATIZES

O CUM é uma conjunção latina. Possuindo sentido puramente temporal pede o verbo no modo indicativo:

CUM CAESAR IN GALLIAM VENIT, IBI DUAE FACTIONES ERANT

QUANDO CÉSAR CHEGOU À GÁLIA, HAVIA LÁ DOIS PARTIDOS

Quando, porém, além do sentido temporal é acrescido um matiz causal, o CUM pede o verbo no modo subjuntivo. Se a ação da oração subordinada é contemporânea à da oração principal, usa-se o imperfeito; se anterior, o mais-que-perfeito:

C. MARIUS, CUM OMNES PORTUS TERRASQUE FUGERET, IN AFRICAM PERVENIT

CAIO MÁRIO, COMO FUGISSE DE TODOS OS PORTOS E TERRAS, CHEGOU À ÁFRICA


DIU CUM ESSET PUGNATUM, CASTRIS NOSTRI POTITI SUNT

COMO TIVESSE LUTADO MUITO TEMPO, OS NOSSOS SE APODERARAM DO ACAMPAMENTO

É denominado CUM INVERSUM quando expressa um acontecimento súbito de uma ação e inverso é devido a oração subordinada regida pela conjunção exprimir o fato mais importante. A oração principal geralmente traz um desses advérbios: jam (já); vix, vixdum (ainda não); tantum quod (apenas); commodum (exatamente):

VIXDUM EPISTOLAM TUAM LEGERAM, CUM AD ME CURTIUS VENIT

AINDA NÃO LERA A TUA CARTA, QUANDO CÚRCIO VEIO ESTAR COMIGO

CUM IDENTICUM é quando indica que duas ações se equivalem e posta uma a outra necessariamente se segue. O verbo da oração subordinada vai para o mesmo tempo do indicativo que o verbo da principal:

CUM TACENT, CLAMANT

QUANDO SILENCIAM, CLAMAM

Paulo Barbosa.

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