As LIVRARIAS, em latim TABERNAE, na cidade de Roma, forneciam livros a um número limitado de pessoas, ou seja, somente para aqueles que podiam adquiri-los. Cícero tinha seu livreiro, Titus Pomponius Atticus, bastante famoso na época.
Não existia o tão moderno e decantado direito de propriedade intelectual ou direito autoral. Pode-se comprovar isto com o fato de Cícero haver enviado ao seu livreiro Áttico a obra de Hirtius, historiador romano, para que a divulgasse em seu próprio interesse. Desta maneira, o autor ficava privado de receber os honorários como pagamento de seu trabalho intelectual.
As famílias abastadas de Roma mantinham bibliotecas particulares. Somente muito tempo depois, o gramático e político Asínio Polião (76 a.C. - 4 d.C.) criou as bibliotecas públicas.
As LEITURAS PÚBLICAS eram hábitos espalhados por toda Roma, permitindo, assim, que um considerável número de pessoas conhecessem as obras literárias dos grandes autores. Foi este processo que contrabalançou as dificuldades que existiam na divulgação do livro. O Imperador Augusto deu muito apoio a essas reuniões, e isso fez com que grande público comparecesse com o objetivo de ouvir os leitores. Na época do governo de Adriano, foi construído uma espécie de teatro, o Athenaeum, onde as pessoas interessadas na leitura pública se reuniam.
Estas leituras eram efetuadas, geralmente, após meio-dia.
Paulo Barbosa.
Poderia aprofundar mais este tema da história das bibliotecas e leituras públicas na Roma Antiga? Obrigado.
ResponderExcluir